O voo foi chato. Eu estava com sono, o avião na era bom e
era muito quente dentro dele. O serviço de bordo também não era lá essas
coisas. Essa foi a primeira vez em terras estrangeiras que eu comi alguma coisa
que eu não sabia o que era. E nem queria saber. Os cafés que eu tentei até
agora são péssimos: tem cheiro ruim e gosto de nada. Espero que, em Bucareste,
haja café de verdade.
Uma coisa muito curiosa que me aconteceu foi que, quanto
ainda sobrevoava a Espanha, eu podia ver pela janela do meu vizinho de banco, o
chão uma hora marrom, outra esverdeada. O avião subiu ainda mais e eu só via o
branco das nuvens. Parecia um enorme e lindo tapete branco. Muitas horas depois
(foi o que me pareceu, mas o voo teve no total umas 4h), o avião descia e
descia e eu não entendia porque as nuvens simplesmente não desapareciam...
Vocês já podem imaginar o porquê...
Quando eu desci do avião, vi, pela primeira vez, a neve. Não
estava caindo em floquinhos como nos filmes de Natal que a gente assiste.
Estava numa camada super grossa no chão. Tinha sido removida de pontos
estratégicos para que os voos continuassem sem problemas.
Eu já estava vestindo os meus casacos (três por cima de uma
camisa e uma segunda pele). Acho que pelo pouco tempo de exposição, estava tudo
de boa. Peguei o ônibus e fui para dentro do aeroporto. Troquei algum dinheiro
(depois, me disseram para nunca trocar dinheiro no aeroporto. Fica a dica) e
fui, serelepe, radiante e contente, pegar minha mala.
A pergunta que não quer calar: CADÊ A MALA?
Perguntei a um rapaz, mas ele não falava bem inglês. Ele
perguntou “turkish?” e eu não faço ideia do que ele quis dizer. Ele apontou
para uma agência e fui lá procurar minha mala. Eles me mandaram para a outra
(do outro lado do saguão do desembarque) e, lá, eles procuraram. Por algum
problema, a mala estava em Madrid e deveria chegar no outro dia. Peguei o papel
com a queixa e saí.
Lá fora, para me recepcionar, estavam Irina, Sandi, Raluca, Cati (de Bucareste,
todas) e Irene (ou Erin, como ela prefere) que é da Indonésia e vai trabalhar
no mesmo projeto que eu. Elas estavam com gliter amarelo no cabelo porque
tentaram pitá-lo de verde-e-amarelo. Não funcionou. O cabelo ficou com a mesma
cor, duro com o produto e cheio de gliter.
Na ordem: Irina, Raluca, Sandi e Erin.
Elas me compraram um cartão e eu liguei para minha mãe, que
já estava pondo um ovo de tanta preocupação (como sempre). Depois, elas ligaram
para o número que a moça da agência tinha me dado para que eles levassem a mala
para lá quando ela chegasse.
Elas olharam para minha roupa (que eu achava que estava
super de boa) e perguntaram se eu tinha alguma mais grossa na mala. Quando eu
disse que não, elas foram categóricas “You will not survive”. Eu ainda fiquei
tirando onda dizendo que eu não tava sentindo frio. Mesmo assim, elas me
fizeram colocar toda roupa que eu tinha. Fomos comer num fest-food e eu comi
frango com batatas fritas e beterraba. É tão bom comer comida que eu acho na
minha terra... Principalmente a beterraba, que era uma coisa que eu não
esperava encontrar aqui.
Fui pro quarto com a certeza de que iria dormir como uma
pedra. Leigo engano. O quarto era beeeeem quente por conta do aquecedor
central. Só lembrei dos meus amigos e amigas que disseram que eu nunca mais ira
reclamar do calor.
Um adendo importante: estou atrasado nas postagens porque eu
não tinha uma adaptador de tomada e, agora que tenho um cabo, estou sem
internet.
uahuhauhauha! Aventuras de chegada são sempre boas!
ResponderExcluirO cara te perguntou se você falava turco, Bruninho!
Aproveite tudo, faça um anjo da neve, um boneco de neve, guerra de neve, sorvete de neve e me traga um chaveiro (não de neve)
beijocas
Beterraba? Quem vai pra Sibéria comer beterraba? ¬¬
ResponderExcluirOlha... pra mulher passar coisa esquisita no cabelo é muito amor e vontade de agradar. Ama elas! hahahahaha
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