segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Do voo para Bucareste e da minha chegada

A primeira coisa que devo dizer é: a aeromoça que me recepcionou era tão bonita, mas tão bonita, que eu demorei a perceber que ela estava falando em romeno comigo.
O voo foi chato. Eu estava com sono, o avião na era bom e era muito quente dentro dele. O serviço de bordo também não era lá essas coisas. Essa foi a primeira vez em terras estrangeiras que eu comi alguma coisa que eu não sabia o que era. E nem queria saber. Os cafés que eu tentei até agora são péssimos: tem cheiro ruim e gosto de nada. Espero que, em Bucareste, haja café de verdade.
Uma coisa muito curiosa que me aconteceu foi que, quanto ainda sobrevoava a Espanha, eu podia ver pela janela do meu vizinho de banco, o chão uma hora marrom, outra esverdeada. O avião subiu ainda mais e eu só via o branco das nuvens. Parecia um enorme e lindo tapete branco. Muitas horas depois (foi o que me pareceu, mas o voo teve no total umas 4h), o avião descia e descia e eu não entendia porque as nuvens simplesmente não desapareciam...
Vocês já podem imaginar o porquê...

Quando eu desci do avião, vi, pela primeira vez, a neve. Não estava caindo em floquinhos como nos filmes de Natal que a gente assiste. Estava numa camada super grossa no chão. Tinha sido removida de pontos estratégicos para que os voos continuassem sem problemas.

Eu já estava vestindo os meus casacos (três por cima de uma camisa e uma segunda pele). Acho que pelo pouco tempo de exposição, estava tudo de boa. Peguei o ônibus e fui para dentro do aeroporto. Troquei algum dinheiro (depois, me disseram para nunca trocar dinheiro no aeroporto. Fica a dica) e fui, serelepe, radiante e contente, pegar minha mala.
A pergunta que não quer calar: CADÊ A MALA?
Perguntei a um rapaz, mas ele não falava bem inglês. Ele perguntou “turkish?” e eu não faço ideia do que ele quis dizer. Ele apontou para uma agência e fui lá procurar minha mala. Eles me mandaram para a outra (do outro lado do saguão do desembarque) e, lá, eles procuraram. Por algum problema, a mala estava em Madrid e deveria chegar no outro dia. Peguei o papel com a queixa e saí.
Lá fora, para me recepcionar, estavam Irina, Sandi, Raluca, Cati (de Bucareste, todas) e Irene (ou Erin, como ela prefere) que é da Indonésia e vai trabalhar no mesmo projeto que eu. Elas estavam com gliter amarelo no cabelo porque tentaram pitá-lo de verde-e-amarelo. Não funcionou. O cabelo ficou com a mesma cor, duro com o produto e cheio de gliter.
Na ordem: Irina, Raluca, Sandi e Erin.
Elas me compraram um cartão e eu liguei para minha mãe, que já estava pondo um ovo de tanta preocupação (como sempre). Depois, elas ligaram para o número que a moça da agência tinha me dado para que eles levassem a mala para lá quando ela chegasse.
Elas olharam para minha roupa (que eu achava que estava super de boa) e perguntaram se eu tinha alguma mais grossa na mala. Quando eu disse que não, elas foram categóricas “You will not survive”. Eu ainda fiquei tirando onda dizendo que eu não tava sentindo frio. Mesmo assim, elas me fizeram colocar toda roupa que eu tinha. Fomos comer num fest-food e eu comi frango com batatas fritas e beterraba. É tão bom comer comida que eu acho na minha terra... Principalmente a beterraba, que era uma coisa que eu não esperava encontrar aqui.
Fui pro quarto com a certeza de que iria dormir como uma pedra. Leigo engano. O quarto era beeeeem quente por conta do aquecedor central. Só lembrei dos meus amigos e amigas que disseram que eu nunca mais ira reclamar do calor.
Um adendo importante: estou atrasado nas postagens porque eu não tinha uma adaptador de tomada e, agora que tenho um cabo, estou sem internet.

3 comentários:

  1. uahuhauhauha! Aventuras de chegada são sempre boas!

    O cara te perguntou se você falava turco, Bruninho!

    Aproveite tudo, faça um anjo da neve, um boneco de neve, guerra de neve, sorvete de neve e me traga um chaveiro (não de neve)

    beijocas

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  2. Beterraba? Quem vai pra Sibéria comer beterraba? ¬¬

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  3. Olha... pra mulher passar coisa esquisita no cabelo é muito amor e vontade de agradar. Ama elas! hahahahaha

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