quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Do Segundo Dia e da Festa de Recepção

Acordei às 9h. Erin e eu tomamos café da manhã juntos. Tinha fruta: mamão, abacaxi e outra que eu não faço ideia qual. Porém, todas tinham o mesmo sabor. Erin disse que, provavelmente, elas foram cozidas juntas com açúcar. Coisa estranha. Depois, fomos para o quarto e eu dormi mais um bocado. Às 13h30min, nós tínhamos um city tour por aqui. Daiana, a buddy de Erin, veio aqui. Ela é meio louca e vocês sabem que eu já gosto de gente assim. Conversamos um bocado. Por enquanto, só tenho encontrado gente que acha português legal e quer aprender a língua. Ela disse que nos levaria para o lugar no qual deveríamos encontrar o grupo. Saímos por volta das 13h para pegarmos o metrô. Quando chegamos à estação combinada, o grupo tinha se movido. Lá fomos nós atrás deles. Rodamos um monte, perdidos-da-silva, até que conseguimos encontrar o grupo e fomos andando para o museu que deveríamos visitar (já era quase 15h). Dana estava à frente do grupo e ela me parece ser super gente fina. O museu cobrava 8 lei (o singular é Leu e significar “leão”) e estava expondo, ao que me pareceu, alguns artigos do tempo da mornarquia que havia aqui. Eu pedi licença ao meu lado cult, mas, depois de andar uns vinte minutos numa floresta de neve, com a fome que eu estava e com o frio que sentia, eu não queria saber de monarquia nenhuma. Na verdade, dei até uma olhada nas coisas que estava mais externas e, me parece que, monarquia é tudo igual. Sempre as mesmas medalhas parecidas e sem sentido que eles criavam para se sentirem importantes... Enfim, o mais legal mesmo foi o restaurante que almoçamos. Acreditem, NUNCA vi algo mais sofisticado do que aquilo. Quando chegamos, tinha pessoas tocando violino. Tudo era extremamente refinado, a estrutura em madeira e riquíssima em detalhes. Almoçamos um prato tradicional que eu, nem que tivesse me esforçado muito, saberia dizer o nome. Só sei que me lembrou o Rumpunspelstinsqui (que eu também não faço ideia de como se escreve).


O Lugar super potentoso (tava escuro demais para pobre câmera do meu celular).

O prato com nome grande.


Em seguida (lá para as 17h), voltamos para o hotel. Para hoje, estava marcada Trainee’s party, mas sinceramente, eu não estava com vontade nenhuma de ir. Só queria dormir. Erin, a mesma coisa. Ela só foi porque Sandi veio pegar a gente. Alex apareceu por aqui também. Ele é bem legal. Não fuma e disse que gosta muito de wiskey. Ele sabe até como é a capoeira e disse que gostaria de aprender um dia. Uma coisa muito engraçada que aconteceu enquanto eles estavam aqui foi que eu perguntei, como quem pede licença, se eu podia escovar os dentes. Sandi, irônica como sempre, disse que eu não podia e que as pessoas na Romênia não escovavam os dentes. Alex, com toda a sinceridade, falou “se bem que a gente não tem o hábito mesmo”. Eu só me lembrei de Ciro,a migo da AIESEC que também está fazendo intercâmbio aqui, mas não em Bucareste. Uma vez ele postou no facebook algo mais ou menos assim: “Me digam uma coisa, tártaro pega?”.
Na festa, dancei um bocado, ri um monte, me senti deslocado também, como aconteceria em qualquer lugar no qual eu não conheço as pessoas. Para minha tristeza, aqui não para de tocar a zorra da música do Michel Teló. Eu não sei que diabos viram nessa música que gostaram tanto. Em breve, vão começar a dizer que ele fez pacto com o lá ele, que a música tem uma mensagem sublinar, que de traz para frente, tem uma mensagem olcuta ou algo do tipo que sempre fazem com as coisas que estão tendo sucesso. Mesmo assim, não gosto mais da música. A única coisa que gosto é que me lembra Luiza.
As meninas fizeram uma apresentação com fotos de cada treinee e eu, obviamente, procurei um buraco para enfiar minha cabeça. Não achei. Depois disso, dancei mais um monte, até que lembrei que, no dia seguinte, eu deveria estar, às 7h30min, na estação Piata Victoriei. Voltamos de taxi para o hotel. Já era mais de 3h.

(As fotos, quanto eu as conseguir, postarei no Facebook.)

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